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domingo, 25 de janeiro de 2009

A complexidade em Gaza

Primeiro inquérito sobre os horrores da guerra em Gaza

A sociedade israelense, como que saindo de uma catarse, já começou um acerto de contas com a sua consciência. A maioria esmagadora apoiou a operação, depois de tantos meses de foguetes sobre o seu território. Por outro lado, nada se explica se não se levar em conta a luta interna entre o Hamas e o El Fatah pela liderança da causa palestina.

Nos ataques israelenses na faixa de Gaza morreram mais de 400 crianças e jovens de até 16 anos e mais de 300 mulheres e idosos. Somadas, essas vítimas são mais da metade do total de mortos, por sua vez também muito grande: 1.300.

A culpa é dos generais israelenses, que atacaram sem piedade, acusou o líder do Hamas, Khaled Meshal, quando proclamou de Damasco a vitória do Hamas. A culpa é do próprio Hamas, por não renovar a trégua com Israel, apesar dos apelos da Autoridade Nacional Palestina, acusou seu presidente Mahmoud Abbas, na Al Jazeera.

Certamente a culpa não é das crianças e suas mães.

A sociedade israelense, como que saindo de uma catarse, já começou um acerto de contas com a sua consciência. A maioria esmagadora apoiou a operação, depois de tantos meses de foguetes sobre o seu território causando pânico e o êxodo de mais de 20 mil pessoas para o Norte, mas a morte de tantas crianças é um peso que mesmo os corações mais endurecidos não conseguem suportar.

O sentimento de culpa coletiva pode explicar a avalanche de adesões à campanha da estudante Hadas Balas, que emitiu emails pedindo suprimentos para lotar dois caminhões para o povo da Gaza, e em poucos dias lotou dez caminhões. A ajuda veio de todos os cantos, desde uma Igreja Católica de Haifa até o movimento juvenil sionista Hashomer Hatzair.

Ainda antes de encerrada a operação, a Associação Pelos Direitos Civis de Israel já havia ocupado uma página inteira no Haaretz com obituários de crianças mortas em Gaza. No centro do anúncio, um quadro negro com a palavra “dai!”(basta!). Nesse mesmo dia, Ari Shavit, um dos principais analistas do Haaretz acusou a operação “cast lead” de ter ultrapassado todos os limites: ”O que era para ser uma operação militar calculada virou um assalto descontrolado sobre uma área populosa.”

Embora ainda em minoria, mais e mais vozes vão expondo perplexidades. “Como é possível que um povo que se dizia o único civilizado na selva do Oriente Médio tenha se tornado mais uma fera nessa selva? pergunta no jornal Iediot Aharonot o diretor do grupo pacifista “Iniciativa Genebra”, Gadi Blatiansky.

“Quando os canhões se silenciarem por completo e a escala das mortes e da destruição se tornar totalmente conhecida, ao ponto de mesmo os mais sofisticados mecanismos de auto-defesa da psique israelense caírem, talvez alguma lição se imprima nas nossas mentes”, diz no Haaretz o escritor David Grossman.

Expressivas, por sua singeleza, são as explicações dadas ao jornal Yediot Aharonot por militares que se recusaram a lutar: ”Israel explorou todas as possibilidades antes de recorrer à violência? A resposta é não. Israel está bombardeando uma das áreas mais densamente povoadas no mundo e matando mulheres e crianças ao mesmo tempo em que dificulta sua evacuação,” disse o tenente reservista do corpo de engenharia Noam Livneh. Não trata de pacifistas clássicos, que se recusam a matar por princípio. Esses também existem em Israel. Trata-se de cidadãos comuns, reservistas que já lutaram nas guerras anteriores, e não aceitam como única saída para lidar com o Hamas o tipo de operação concebida pelos generais ou o tipo de política determinada pelo governo. “Não sou pacifista, sei que é importante ter um bom exército, mas um exército para nos defender, não para atacar e conquistar!” diz o sargento reservista Bem Muha.

Oito grupos de defesa dos direitos humanos juntaram-se numa ação junto ao Procurador Geral do Estado de Israel exigindo que uma comissão independente investigue os ataques a civis durante a operação “cast lead”. O Exército impôs sigilo sobre os nomes dos comandantes das operações, para impedir que sejam identificados em processos por crimes de guerra. Ao mesmo tempo, abriu seu próprio inquérito sobre o uso de armas com fósforo, talvez para esvaziar um eventual inquérito internacional. Também criou um grupo de trabalho para reunir antecipadamente elementos de defesa. Por exemplo, provas de que atiradores disparavam de prédios residenciais.

As duas principais acusações até agora, formuladas pela Anistia Internacional e por Marc Garlasco, observador da Humans Rights Watch, são o recurso a bombas de fumaça com fósforo branco e o uso de força desproporcional. Garlasco, que está tentando entrar em Gaza, é o mesmo que acusou o Hamas de crimes de guerras por disparar foguetes à esmo contra populações civis em Israel. Só em 2008 caíram no Sul de Israel 3258 morteiros e foguetes, inclusive Katyushas. Já o observador da ONU Richard Falk, embora ainda sem ter estado em Gaza, diz que os indícios de que Israel atacou uma área densamente povoada sem facilitar a fuga dos civis são suficientes para abrir um inquérito.

A munição com fósforo branco em si não é ilegal, mas seu uso deve ser evitado em áreas de população densa. Os dados preliminares do inquérito do exército israelense indicam que isso aconteceu em uma operação na qual 20 projéteis com fósforo branco foram disparos em área densamente povoada em Beit Labyia. Outros 180 disparos teriam sido dados em áreas de campo aberto.

A ONU, segundo a Al Jazeera, acusa Israel de ter atacado 52 de suas instalações na faixa de Gaza, inclusive 37 escolas, três das quais serviam de abrigo a civis. Como isso foi possível, se Ehud Barak disse que a operação foi cuidadosamente planejada durante seis meses? Como isso foi possível, se além desse preparo operacional, foram utilizadas, segundo Amira Hass, três novas munições especialmente desenvolvidas para aumentar ao máximo a precisão do tiro e reduzir ao mínimo os efeitos ao seu redor, ou seja em populações civis?

O que deu errado?

A hipótese mais provável é a de que os generais israelenses, como acontece tantas vezes nas guerras, estavam lutando a batalha anterior, a batalha que perderam no Líbano há dois anos. Naquela desastrada operação, como mostrou depois o inquérito Vinograd, tudo deu errado, desde o processo decisório precário, falta de clareza na definição dos objetivos, até o colapso total da logística, ao ponto de nem o rancho ter chegado aos soldados do front. Exército e governo se desmoralizaram.

Por essa hipótese, embora a operação cast lead tivesse objetivos militares e políticos próprios, não foi escolhida a tática que minimizasse o número de baixas civis, e sim a que minimizasse as baixas militares entre os israelenses e que mostrasse competência logística e operacional. Restaurar a moral das forças armadas e do governo.

O reduzido número de baixas entre soldados israelenses, apenas 13, e dois informes da mídia corroboram essa hipótese: primeiro, as bombas de fumaça com fósforo, que segundo Marc Galasco, tem a finalidade de criar uma cortina de proteção ao avanço dos tanques. Uma lição da guerra do Líbano na qual Israel perdeu muitos tanques. Segundo, o relaxamento, pelos juristas do exército, de algumas regras de engajamento em combates em que há civis. Por exemplo, a diretiva: ”Sempre que possível a população civil na área alvo deve ser alertada”, foi atenuada com o adendo “a menos que isso ponha em perigo a operação ou os combatentes.”

Apesar das armas de maior precisão, esse relaxamento combinou-se de modo perverso com o tipo de guerra adotado pelo Hamas, levando ao número inaceitável - sob qualquer padrão de julgamento - de mortes de civis. O especialista Paul Beaver, ex-editor do Janes Defence Weeekly, com 30 anos de cancha em guerras no Oriente Médio , em longo artigo na Al Jazeera diz que o Hamas inventou um novo tipo de guerra, muito difícil de ser enfrentada que ele conceitua como “guerra no seio do povo”.

Não se trata da conhecida guerra popular prolongada, concebida pelos chineses, na qual o povo se organiza em exército marchando para o front ou desfechando ataques de guerrilha. É uma guerra trazida para dentro do próprio povo (“war amongst the people”, é a expressão que ele usa), uma guerra na qual disparos são feitos de casas e quintais, soldados e civis se misturam e alguns dos protagonistas não são Estados nacionais, embora possam ter sido legitimados por alguma eleição. “É uma guerra que se caracteriza também pelo uso intenso da mídia, declarações exageradas de ganhos militares, uso de foguetes sem direcionamento.” Para Beaver, tudo isso e mais a ameaça árabe, pela primeira vez, de atacar as instalações nucleares israelenses, “mudou a correlação de forças e o espaço para manobras” .

Durante todo o desenrolar da operação, Ehud Barak definiu vagamente que seu objetivo era “modificar substancialmente e de modo definitivo o cenário na região“, subentendendo-se que isso implicava por fim à capacidade do Hamas de lançar os foguetes Qassam e Katyusha sobre a população israelense. O fato do Hamas lançar foguetes mais poderosos, os Katyusha 110, com alcance de até 40 kilômetros, podendo atingir seis cidades grandes de Israel, indica que para alcançar esse objetivo era preciso também acabar com o contrabando dos foguetes enviados pelo Irã, daí o ataque aos túneis ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, chamada linha Filadélfia. Daí o protocolo firmado com os Estado Unidos em plena operação comprometendo o governo americano num mecanismo de combate à entrada de mísseis em Gaza.

Mas o especialista da Universidade de Haifa, Dan Shiftan, define os objetivos da operação em termos mais amplos: “impedir que consolidasse entre a percepção de que os lançamentos de foguetes (contra a população civil de Israel) conjugados com o fervor islâmico era a arma definitiva contra a qual Israel não conseguiria lidar.” E a solução estratégica para isso foi “o ataque desproporcional aos centros vitais do Hamas, para transtornar sua percepção da relação custo-benefício nos lançamentos de foguetes".

Havia também o objetivo político de derrubar o Hamas? Muitos analistas, dizem que poderia chegar até esse resultado. Esse era o objetivo principal, diz Khaled Abu Toameh, analista do Jerusalém Post: “derrubar o regime do Hamas e devolver o controle da faixa de Gaza às forças leais à Autoridade Nacional Palestina do presidente Mahmoud Abbas.”

Por isso a operação teria contado com algum grau de aquiescência da Autoridade Nacional Palestina e dos governos do Egito e dos Estados Unidos, interessados em restabelecer a unidade política nos territórios palestinos em torno de uma liderança moderada e disposta a negociar um acordo de paz. O Hamas rejeita esse caminho. Sua carta de princípios propõe o estabelecimento de um Estado Fundamentalista Islâmico através do jihad – a luta armada como dever de todo muçulmano.

Nada se explica nessa guerra, se não se levar em conta a luta interna entre o Hamas e o El Fatah pela liderança da causa palestina. As prisões, assassinatos e mutilação de militantes do Fatah, durante a operação e depois da retirada, corroboram a centralidade do conflito e da luta pelo poder e pela representação da causa palestina entre Hamas e El Fatah. Obviamente o Hamas não esperava derrotar o poderoso exército israelense. Seu objetivo lançando foguetes diariamente contra Israel por meses e anos a fio ao mesmo tempo em que estigmatizavam o El Fatah como conciliadores que traíram a causa palestina só podia ser o da demarcação em relação a ANP de Mahmoud Abbas, que reconhece a existência do Estado de Israel e negocia as condições para a proclamação de um Estado Palestino.

Os líderes do Hamas acusam abertamente o El Fatah de traição. Salah Bardaweel , jurista ligado ao Hamas diz que espiões do El Fatah conduziram o ataque israelense que matou Said Siam, o ministro do interior do Hamas. Siam era tido como um dos maiores inimigos do El Fatah, responsável por dezenas de fuzilamentos de membros do El Fatah, quando o Hamas deu o golpe de força em Gaza, pouco tempo depois de vencer a eleição.

Provocar um levante pró-Hamas na Cisjordânia é hoje o objetivo mais ambicioso que o Hamas poderia alcançar. E mais fácil, depois do ataque israelense a Gaza. Lideres do próprio Fatah admitem que Abbas se enfraqueceu: todas as demonstrações em Jerusalém e na Cisjordânia contra o ataque foram organizadas por ativistas das bases, sem nenhuma liderança ou apoio das lideranças do Fatah, diz Hatem Abdel Qader, membro do Fatah. E mais: ”O Hamas obteve legitimidade e simpatia internacional, e suas forças ainda controlam a faixa de Gaza”, diz Aluf Benn, um dos principais analistas do Haaretz. Na El Jazeera, Mouin Rabbani, um articulista do Middle East Report, diz que a inércia de Abbas frente ao que aconteceu vai agravar as críticas que ele já vinha sofrendo de que todas as suas estratégias e cada uma delas fracassou desde que ele assumiu a presidência da ANP em 2004. Abbas pode não sobreviver, ele diz.

O El Fatah culpa o Hamas pela tragédia: “Com os foguetes eles deram a Israel um pretexto para a guerra”, disse ao Der Spiegel o ex-chefe do El Fatah, Muhamed Dahlan. “O Hamas é uma das piores organizações da região. As pessoas têm medo dos extremistas islâmicos e ninguém em Gaza ousa fazer qualquer crítica”, caso o façam correm o risco de prisão e até mesmo de morte”, ele diz.” O Hamas usa slogans e explora o sangue derramado em Gaza para encobrir seus projetos separatistas”, acusou o dirigente do Fatah Yasser Abed Rabbo, numa coletiva à imprensa. Ele disse que a Autoridade Nacional Palestina não permitirá que o Hamas faça de Gaza uma entidade separatista.

Já começou a luta entre Hamas e Fatah pelo controle das gigantescas somas de dinheiro a serem canalizadas para a reconstrução de Gaza. De Damasco, onde ficou a salvo das bombas israelenses, o líder do Hamas Khaled Meshal vangloriou-se do que chamou de “inequívoca vitória do Hamas”, reafirmou o objetivo de libertar todos os territórios palestinos e impôs como condição para a reconciliação com o Fatah de Mahmoud Abbas, a libertação de militantes do Hamas presos pela Autoridade Nacional Palestina. Outro dirigente do Hamas, Sami Khater disse que o Fatah não é confiável e que as donativos internacionais e de países árabes para reconstrução de Gaza não podem passar pelas mãos do Fatah.

Se o Hamas derrotar o Fatah, conquistando a liderança da representação palestina, não precisará mais do diferencial do jihad, e poderá mudar sua Carta, como fez a OLP. A pergunta é se ao provocar a “fera” israelense, com o único objetivo de se afirmar, mesmo às custas de 700 crianças mulheres e idosos mortos, o Hamas também não tem um balanço de consciência pendente.

Bernardo Kucinski, jornalista e professor da Universidade de São Paulo, é colaborador da Carta Maior e autor, entre outros, de “A síndrome da antena parabólica: ética no jornalismo brasileiro” (1996) e “As Cartas Ácidas da campanha de Lula de 1998” (2000).

Um comentário:

Anônimo disse...

REVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA !
Viva! Chàvez! Viva Che!Viva! Simon Bolívar! Viva! Zumbi!
Movimento Chàvista Brasileiro
OS negros afro-amerindio decendentes são solidaririos ao povo palestino.
Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo estes afro-ameríndios descendentes vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosa quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.
Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar a história dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Osvaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,Rafael Correa, Fernando Lugo não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
O.N.N.QUILOMBO –FUNDAÇÃO 20/11/1970
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