educação para igualdade étnico-racial
fontes para implementação da 10639/03
miss minas terrestres
Consulte também o diretório Biblioteca do Professor; pasta Educação para a Igualdade racial na Biblioteca Virtual da História em Projetos
A criação do mundo ( por Ana Luísa Vieira)
São esses episódios sonhados a base de Contos e Lendas Afro-Brasileiros – A Criação do Mundo (Companhia das Letras, 224 págs., R$ 28). Escrito pelo sociólogo Reginaldo Prandi, com ilustrações de Joana Lira, o livro é voltado ao público jovem e traz a história do candomblé, com personagens como Olorum, o Ser Supremo.
Ao final do livro, pequenos capítulos detalham os emblemas e as personalidades de cada orixá.
Editora da Universidade Federal da Bahia lança livro
que não se encontrava no país há muito, muito tempo!
Frantz Fanon - Pele Negra, Máscaras Brancas
- de leitura obrigatória!
10 de abril, às 18h - Centro de Estudos Afro-Orientais - CEAO / UFBA
Praça Inocêncio Galvão, s/n, Largo Dois de Julho
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Ao longo de todos os volumes de nossa coleção, os professores encontram uma abordagem diferenciada sobre a história e culturas africanas e afro-brasileira.
Nosso compromisso com a Lei 10.639/03 reflete-se na linguagem e representações dos afro-brasileiros e da África sem estereótipos, estimulando o desenvolvimento de uma visão de respeito às diferenças entre todas as crianças.
Por isso, o blog da História em Projetos apoia o lançamento do livro História e Cultura Afro-Brasileira de Regiane Augusto de Mattos, publicado pela Contexto.
Pensado e elaborado de forma didática, esse livro ajuda a preencher uma grande lacuna na formação docente, contribuindo para a implementação da 10639/03.
renato.sanchez@usp.br
Para Regiane, a nova legislação representa um avanço no reconhecimento da cultura africana como uma das principais matrizes da cultura brasileira. Ela aponta, no entanto, algumas dificuldades para que a lei seja implementada de fato nas escolas. A principal delas é a questão da formação dos professores já que o tema é pouco abordado mesmo nas faculdades de história. “Para se ter uma idéia, a disciplina de História da África só foi introduzida no currículo da FFLCH em 1997. Imagine quantos professores se formaram sem nunca ter estudado o tema”, avalia.
Quase cinco anos depois da aprovação da lei, Regiane publicou o livro História e Cultura Afro-brasileira (Editora Contexto, 224 páginas, R$29,00). Ela afirma que a idéia é suprir a carência por material didático. O livro aborda em três capítulos temas relacionados aos conteúdos exigidos pela nova legislação: a História da África antes do século XV; a África depois da chegada dos europeus; e a influência na cultura brasileira.
Os críticos da obrigatoriedade afirmam que ela inclui a historiografia africana mas exclui a dos árabes, judeus, asiáticos etc. Regiane discorda: “A cultura brasileira vem de três matrizes principais: a africana, a européia e a indígena. Seria desejável incluir também a história indígena no currículo para que as crianças entendam como se originou a cultura com a qual elas hoje se identificam”.
Prova de que há uma deficiência no ensino do tema, são as noções equivocadas do senso-comum sobre a África e sua cultura. Um dos enganos mais comuns, afirma a pesquisadora, é pensar o continente como uma coisa única e homogênea. “Há muita diversidade de organização política, cultos religiosos e etnias e é importante ter em mente essa diversidade para entender a influência dessa diversidade na formação da cultura brasileira”, afirma.
Para exemplificar, ela usa a questão religiosa. “Quando se fala na religião dos escravos no Brasil, pensamos exclusivamente no candomblé. Mas haviam também os islamizados. Inclusive houve, em 1853, uma revolta no nordeste do Brasil liderada por escravos de religião islâmica, a chamada Revolta dos Malês”, conta a professora. Ela critica também a associação automática que se costuma fazer entre os termos africano e escravo: “Havia sociedades que participavam do comércio de escravos capturando pessoas de sociedades inimigas e comercializando. Além disso eram economicamente relevantes o comércio de ouro e do marfim extraído das presas de elefantes”, afirma Regiane.
Outro ponto interessante, e comumente ignorado, é a tradição oral existente na maioria dos povos africanos. “Havia algumas sociedades que apresentavam formas de escrita mas, em geral, a transmissão de conhecimento era feita oralmente”, conta. “Além disso, os idosos tinham um papel muito importante, participavam de conselhos de anciãos e gozavam de muito respeitos entre os outros integrantes dessas sociedades ”, finaliza.
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Lançamento do Cadernos Negros
A comunidade Amigos dos Cadernos Negros e o Quilombhoje - Literatura convidam você, familiares e amigos para a festa de lançamento do livro CADERNOS NEGROS volume 30 - CONTOS
Dia 14/12/2007 (sexta-feira) às 19hs
No SESC PAULISTA (auditório)
Av. Paulista, 119 (Metrô Brigadeiro)
Entrada Franca
PROGRAMAÇÃO
- Sensibilização sobre Auto-Estima com a Psicóloga Maria Célia Malaquias
- Comentários sobre o livro: Escritora Elizandra Souza
- Performance: Akins Kinte e MC Rafão (Casa de Cultura de Santo André)
- Apresentação Artística: Cia. Koteban (Balé Afro e Percussão)
Cadernos Negros volume 30 - contos: Você precisa ler
É com muito orgulho pelo caminho já trilhado e desejosos de prosseguirmos sempre adiante nessa longa estrada de lutas que convidamos você, seus familiares e amigos para celebrar conosco a concretização de mais um projeto, herdeiros que somos do legado de nossos ancestrais, que resistiram em nome de um sonho: a liberdade.
Hoje nosso confronto se dá em vários campos: discriminação, invisibilidade, ausência de cidadania. Por isso estamos aqui, há 30 anos mostrando nossa cara e dando nossa cara a uma tradição que durante tanto tempo nos foi negada: a literária.
Os Cadernos surgiram em meio à efervescência do movimento negro, em 1978. Desde então vêm perpassando gerações, acionando em seus leitores a consciência de que, sim, podemos e devemos ocupar nosso espaço nesta sociedade e país que foram construídos à base de muito suor de nossos antepassados.
Embora com três décadas de vida, os Cadernos ainda enfrentam as dificuldades financeiras e culturais de sempre. O livro sai porque é feito na raça. A leitura ainda é pouco habitual entre a população, que, quando lê, opta pelo que o grande mercado oferece. Algumas luzes se acendem para se apagar em seguida.
Mas a série Cadernos Negros já conquistou um público que a acompanha, além de merecer atenção em alguns centros acadêmicos.
O lançamento do volume 30 de Cadernos Negros é mais do que uma festa, é um rito de passagem, a superação de mais uma fase e a preparação para outras que virão. Portanto, precisamos estar todos juntos, lá, nos encontrando, lendo, conversando e comentando sobre nossos contos. Enfim, sendo o que somos: povo brasileiro.
E temos sede de literatura afro!
Cadernos Negros volume 30 - contos: você precisa ler!
APOIO
SESC - Paulista * Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo * Cone - Coordenadoria dos Assuntos da População Negra (PMSP) * Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) * Fundação Cultural Palmares * comunidades orkutianas: Amigos dos Cadernos Negros, Gostando Mais de Nós Mesmos e Sessão Pipoca Preta Convida * Cabeças Falantes Online * T2P - Tela Preta Produções.
REALIZAÇÃO: Quilombhoje
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BOLETIM AÇÃO EDUCATIVA (São Paulo, terça, 11 de dezembro de 2007)
Lançado o livro Igualdade das Relações Étnico-Raciais na Escola
O estudo acompanhou a implementação da lei 10.639 em quinze escolas de três capitais brasileiras: Belo Horizonte, Salvador e São Paulo.
Após o mês da Consciência Negra, o debate sobre a temática racial continua na Ação Educativa. No dia 7 de dezembro, o programa Pesquisa e Ação Política, promoveu o lançamento do livro Igualdade das Relações Étnico-Raciais na Escola: Possibilidades e Desafios para a Implementação da Lei 10.639/2003.
O livro é resultado de um estudo promovido pela Ação Educativa, Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade - Ceert e Ceafro. O estudo acompanhou a implementação da lei 10.639 em quinze escolas de três capitais brasileiras: Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. A lei, de janeiro de 2003, tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.
A pesquisa envolveu entrevistas e dinâmicas com pais, professores, alunos e funcionários. "A intenção foi tentar refletir a percepção de cada grupo sobre as relações raciais dentro da escola e saber o entendimento que tinham sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira", explica Tânia Portella, assessora do programa Pesquisa em Políticas Educacionais da Ação Educativa. Segundo ela, a escolha das escolas se deu de forma a contemplar diferentes realidades e públicos em cada uma das capitais.
O evento do dia 7 teve início às 14h30 no auditório da Ação Educativa onde os responsáveis pela pesquisa nos três estados apresentaram os resultados da consulta. A partir das 18h ocorre o coquetel de lançamento, com quitutes africanos e apresentações culturais como contação de histórias e show de kalimba, instrumento típico africano.
3 comentários:
Recebemos da autora Regiane Mattos os seguintes mails:
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Olá Conceição,
Agradeço a indicação do livro no seu blog. Aliás, muito bacana essa iniciativa do blog. È uma ótima contribuição aos professores que carecem de informações, indicações bibliográficas sobre o ensino de História. Parabéns!!!!
Gostaria de lhe pedir, se possível, que atualizasse no seu blog a matéria que saiu no site da USP. Eu pedi ao jornalista que fizesse algumas modificações importantes, como trocar a palavra 'tribo', que eu não uso, e corrigisse o nome do livro que saiu errado. Agora a matéria já está modificada.
Fico à sua disposição.
Um grande abraço,
Regiane
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Oi Conceição,
Aí vai a matéria atualizada. Fico à disposição.
E parabéns mais uma vez pela coleção!!!!
Abraço
Regiane
Olá.
No vosso prefácio preocupam-se e bem com os afrodescendentes na diáspora e bem do meu ponto de vista. Mas a seguir falam dos afrodescendentes apenas negros. A cor da pele a mim importa-me zero, mas eu sou um africano, nem sequer descendente porque nasci em Angola e lá regresso frequentemente. Acontece que sou branco e custa-me essa ligação recorrente de que um africano ou afrodescendente seja naturalmente negro.
Quase me apetece dizer que todos os brasileiros são descendentes de portugueses.
Não é para levar a mal ( aliás estou completamente identificado), mas só para vincar a minha opinião.
Um abraço
GED
Caro GED
Tens toda a razão em ressalvar a associação direta entre afrodescendente e negro, mas o fato é que as fontes citadas fazem essa associação, inclusive a Lei 10639/03.
No Brasil historicamente tal associação se justifica , pois a afrodescendência que nossa população possui é negra.
Fico feliz em ver brancos africanos reconstruindo sua identidade afirmativa em África, depois dos horrores do neocolonialismo.
Obrigada pela visita
Grande Abraço
Conceição Oliveira
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