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sábado, 26 de janeiro de 2008

Centenário da imigração nipônica no Brasil

Este ano de 2008 há várias efemérides : 200 anos da chegada da Corte; 30 anos da criação do MNU, 100 anos da chegada dos primeiros imigrantes japoneses em solo brasileiro.

Destacamos aqui um artigo extraído do jornal do Simpro sobre a temática da imigração japonesa.

Edição nº 188 - 24/1/2008
Um lugar chamado liberdade
O Brasil e a imigração japonesa

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

Nos últimos dias de janeiro de 2007, reproduções de obras do pintor modernista Cândido Portinari grafitadas na passagem subterrânea que liga a avenida Dr. Arnaldo à Avenida Paulista foram pouco a pouco sendo substituídas por gueixas, samurais e sóis nascentes. Trabalhando no maior painel coletivo da cidade de São Paulo, os artistas, com paciência oriental e borrifadas de ousadia, davam início, mais de um ano antes da data precisa, às comemorações oficiais do centenário da imigração japonesa para o Brasil. A idéia foi da prefeitura do município, que entendeu que era hora de chamar a atenção da população da cidade, de um jeito criativo e inusitado, lembrando que uma data para lá de importante estava por chegar.

O Kasato Maru, navio japonês que trouxe a primeira leva de imigrantes japoneses para cá, aportou em Santos em 18 de junho de 1908. Transportava 165 famílias, que vinham para trabalhar nos cafezais da região oeste do estado. Daquele dia até a década de 1940 chegaram mais de 160 mil nipônicos. Fixaram-se principalmente no interior do estado, onde passaram a cultivar mais que café. Pequenas lavouras de arroz, feijão e hortaliças variadas começaram a pipocar; assim, a chamada primeira geração de japoneses começava a se enraizar em solo brasileiro.

A professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), Zeila de Brito Fabri Demartini, conta que, apesar de minoritária, houve ainda uma parcela de imigrantes que fixou residência na capital paulista imediatamente. "A população que vivia no interior interagia menos com os brasileiros, mas a troca entre os japoneses que vieram para São Paulo e os paulistanos foi muito importante desde o início e é aí que uma cultura começa a se envolver com a outra". Zeila é pesquisadora do Centro de Estudos Rurais e Urbanos da Universidade de São Paulo (Ceru/USP) e se debruça sobre as questões da imigração há mais de 15 anos, com atenção especial dedicada à contribuição japonesa.

Em seus estudos, calcados na história oral, Zeila entrevistou japoneses que chegaram naquela primeira leva de imigrantes. A maior preocupação da especialista era garantir a diversidade dos depoimentos e testemunhos – por isso procurou pessoas vindas de regiões variadas, moradores de bairros diferentes e trabalhadores em setores diversificados. O resultado foi um painel bem colorido de personagens. "Ouvimos os imigrantes rurais da região de Campinas, ouvimos o morador da periferia e os que habitavam a Liberdade", relata. E o que a pesquisa revelou? "Como o grande objetivo era colher relatos para conhecer os tipos de imigrantes, chegamos a uma grande gama de japoneses, cheios de diversidades, mas cheios de afinidades também".

Unidade

As diferenças, em grande parte, diziam respeito a questões familiares e de trabalho, mas o que saltou mesmo aos olhos da pesquisadora foi o que esses japoneses conseguiram manter em comum, mesmo tendo condições de vida tão distintas. "O primeiro traço de unidade entre eles é a forte convicção de que vieram para o Brasil para melhorar de vida, então que fariam tudo que estivesse ao alcance deles para chegar a esse objetivo. Os rurais faziam isso na lavoura, e os urbanos, no comércio, na indústria e no setor de serviços", explica a professora. Outra característica presente nos imigrantes da primeira geração é o empreendedorismo. "Já se nota um avanço social e econômico entre os japoneses da primeira leva. Eles eram empreendedores. Faziam suas lavouras, abriam seus negócios e melhoravam mesmo de vida". E é com essa cultura que os primeiros nipônicos passam a educar seus filhos, a chamada segunda geração, que veio ainda muito pequena para cá, ou que já nasceu aqui no Brasil. O empenho para conquistar uma vida melhor era tamanho que a segunda geração já tem um perfil bem diferente da anterior. Os pequenos falam português, vão à escola, trabalham com a família e são educados na tentativa de não perderem as tradições japonesas.

Aliás, essa questão da perda ou do esforço para a manutenção de costumes e da assimilação de novos hábitos abrasileirados está no centro dos estudos ligados aos japoneses. A pesquisadora aponta que talvez a maior característica do povo do Japão seja incorporar o novo sem perder, nunca, o que é fundamental para a cultura japonesa. Prova disso é que em São Paulo o número de japoneses e descendentes já passa de um milhão. Mais de 60% dos casamentos já são com brasileiros e, ainda assim, certos valores e tradições – como a alimentação, a filosofia, a religião, o valor da educação e do trabalho – continuam firmes e presentes nos jovens da quarta e da quinta gerações.

Relações internacionais

As pontes que ligam japoneses e brasileiros também são o objeto de estudo do cientista político Alexandre Uehara. Neto de japoneses que chegaram ao país na primeira leva de imigrantes, ele é professor de Relações Internacionais da Universidade São Marcos e da Universidade Rio Branco e pesquisador do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional da Universidade de São Paulo. Um de seus principais temas de estudo e análise são justamente as relações internacionais que se manifestam entre Brasil e Japão. O Sinpro-SP conversou também com ele sobre os 100 anos da imigração japonesa, as comemorações e os significados da data. Os melhores trechos dessa entrevista você acompanha aqui.

Leia mais

Entrevista com o cientista político Alexandre Uehara


Nipônicos no Samba!

Vila Maria leva para a avenida o centenário da imigração japonesa
Leia mais e assista ao vídeo aqui

Com enredo homenageando o centenário da imigração japonesa, a escola de samba Unidos de Vila Maria fez na noite da última quarta-feira (30) seu último ensaio.

Prometendo levar mais de mil japoneses -- ou descendentes de japoneses -- ao sambódromo do Anhembi, a escola é a única que tem como madrinha de bateria uma japonesa, Yuka Chan.

Assista ao vídeo do ensaio na quadra da escola, na zona norte de São Paulo.

conheça também o samba-enredo e veja álbum de foto do desfile


Extraído Folha de São Paulo 31/01/2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

The flower power

Morre Bernie Boston, o fotógrafo que imortalizou o "flower power"



WASHINGTON, 24 Jan 2008 (AFP) - O repórter americano Bernie Boston, que ficou famoso nos anos 60 por ter tirado uma foto de pacifistas que protestavam contra a guerra do Vietnã, morreu aos 74 anos de idade, anunciou nesta quinta-feira a associação de fotógrafos da Casa Branca.



A fotografia "Flower Power", tirada pelo fotógrafo Bernie Boston em 1967, foi publicada em todo o mundo, tornando-se o símbolo do pacifismo. Ela mostrava um jovem colocando flores nos fuzis dos soldados durante uma manifestação em Washington.

Boston trabalhou, entre outros meios de comunicação, para o Dayton Daily News, o Washington Star e o Los Angeles Times. Ele faleceu em sua casa de Basye (Virginia) devido a uma doença que infectou seu sangue.

Conexões com a coleção História em projetos, consulte Volume de 8ª série/9º ano, Unidade 4, Capítulo 14: Anos 1960-1770: nova cultura, novos hábitos de consumo e de comportamento.

Bolsa de valores: volumes 6ª série/7º ano; 8ª série/9º ano

No Volume de 6ª série/7º ano, Unidade 2 "O mundo moderno em formação no continente europeu", especialmente, nos capítulos 7 e 9 são abordados aspectos da economia moderna, dialogando com o renascimento econômico e cultural da Europa Ocidental e ainda com o mercantilismo e a revolução comercial. O surgimento da Bolsa de Valores dá-se nesse contexto e ela é ainda estrela factual nas temáticas da Grande Crise de 29 no século XX (cap 7 "Como era a vida durante o período entre as duas guerras mundiais", Unidade 2, volume de 8ª série/9º ano) e está na crista da onda nós noticiários econômicos assustados com a crise imobiliária nos EUA.


Trouxemos a vocês um artigo interdisciplinar para discutir a temática, apreciem, vale a pena:

A Bolsa de Valores literária

Moacyr Scliar (escritor, médico e professor universitário).
Portal O Brasil que Lê. Artigo publicado em 23 jan. 2008.


De onde vem a expressão Bolsa de Valores? Para alguns historiadores, aorigem está no desenho de uma bolsa (ou de três bolsas) na fachada de umacasa da cidade de Bruges, onde, no século 13, mercadores se reuniam parafazer negócios. Ou aludiria ao estabelecimento de uma família da mesmacidade que, desde o século 13, fazia câmbio de moedas: Van der Beurse ouBeurs ou Börse. Ao contrário dos palácios e castelos aristocráticos, era umlugar democrático, sem preconceitos, como dizia a inscrição ali afixada: Adusum mercatorum cuius gentis ac linguae (Para uso dos mercadores de qualquernação ou idioma).

No século 16, o centro do mercado financeiro deslocou-se para a Holanda. Eaí os produtos do Novo Mundo, sobretudo açúcar e tabaco, passam a ser objetode negociação (e de especulação). A primeira Bolsa de Valores digna dessenome surgiu em Amsterdã, em 1602. A data é importante: estamos falando nocomeço da modernidade, inaugurada sob o signo do capitalismo comercial efinanceiro. Na verdade, a bolsa é o próprio símbolo da economia de mercado.Um símbolo até certo ponto desconcertante, como o mostrava, já em 1688, olivro Confusión de confusiones, de Joseph Penso de la Vega, a primeira obrasobre mercado acionário.

De la Vega, que era marrano (judeu convertido pela Inquisição), descreve abolsa como um lugar maluco, em que os negócios são selados por apertos demão, alternados com gritos, insultos, empurrões, e governado por crendices esuperstições: um negociante chamado Christoph Kurz, intrigado com asviolentas variações dos preços, chegou à conclusão que resultavam dainfluência dos astros. Desistiu dos negócios e dedicou-se à astrologia, naqual fez grande sucesso.

A bolsa não mudou muito, como a gente constata quando vemos na tevê ou emfilmes cenas de um pregão. Ali estão vários senhores (o sexo masculinopredomina absolutamente), alguns vestindo uma espécie de uniforme, gritandoe fazendo sinais, o que não parece muito compatível com a racionalidade queesperamos (mas talvez isto seja um wishful thinking, um pensamento desejoso)da economia moderna.

Existe a Bolsa de Valores financeiros e existe também uma Bolsa de Valoresliterários (e artísticos, e culturais), igualmente sujeita a oscilações e aimprevistos. A cotação de autores, gêneros e obras sobe ou desce, independentemente de qualquer pregão, embora ele possa existir: leilões deobras hoje não são raros, com as editoras disputando escritores da moda. Nomomento, e por razões óbvias, o Oriente Médio está na crista da onda; qualquer texto que tenha Cabul no título vende automaticamente. Umaconstatação melancólica, sobretudo para latino-americanos, que já ocuparamessa posição de destaque, quando do boom da literatura do continente.

Em 1970, fiz uma viagem para a Europa e era com emoção que via, nas vitrinesdas livrarias, as obras de García Márquez, de Vargas Llosa, de Cortázar. Eraa época do realismo mágico, estilo literário em que as histórias maisfantásticas eram narradas como se tivessem acontecido na realidade. Era naverdade um tipo de literatura engajada, não a literatura do realismosocialista (Jorge Amado em sua primeira fase), àquela altura já superado,mas a literatura que representava um protesto contra as ditaduras vigentesem quase todos os países da América Latina.

Hoje em dia, nem mesmo García Márquez, a quem o realismo mágico deu o Nobel, pratica esse estilo; ele é simplesmente realista. Também foi superado oregionalismo, que era de origem rural e que sumiu no processo de urbanizaçãoacelerada, e ainda o exotismo sempre associado a Terceiro Mundo. Mas essa éa regra, como a gente constata quando percorre a lista dos prêmios Nobel deliteratura. A maioria dos nomes resistiu aos pregões do tempo, mas quem, anão ser pesquisadores e leitores dedicados, lembra de Carl Gustaf Verner vonHeidenstam (prêmio Nobel de 1916), Carl Spitteler (1919), Johannes VilhelmJensen (1944)? Notem: isso não é uma queixa, é uma constatação. Aliteratura, como a vida, tem de se renovar. E não precisa, para isso,esperar pelo anúncio da cotação de ações.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Nossa biblioteca virtual

Ao longo do ano, ao realizarmos nosso trabalho de pesquisa, deparamos-nos com ótimos materiais disponíveis na rede. Resolvemos selecionar e organizar os mais significativos em nossa biblioteca virtual.
Faça visitas constantes por lá, porque sempre estamos atualizando-a.

Veja o material mais recente sobre América Latina.

abraços,

Conceição Oliveirra

Perspectivas da Juventude brasileira no século XXI

Links correlacionados ao volume de 8ª série/9º ano:
Imperialismo/descolonização na África
Algumas páginas de nossa coleção/ volume 8ª série/9º ano

O Jornal a Folha de São Paulo de 21/01/2008 traz uma matéria alarmante sobre o analfabetismo funcional entre a juventude brasileira atual.

O último capítulo do volume de 8ª série/9º ano Cap 20, p. 263, faz um apanhado sobre a participação dos jovens brasileiros na consolidação da democracia. Como consolidá-la se excluímos quase um milhão de jovens do ensino fundamental?

Eis a matéria para dialogar com o capítulo 20; 8ª série/9º ano:
Um em cada 5 jovens não completou o ensino fundamental
da Folha Online 21/01/2008 - 02h52

Reportagem da Folha de S.Paulo (íntegra disponível em nossa biblioteca virtual) mostra que um em cada cinco jovens entre 18 e 29 anos e que vivem em cidades abandonou a escola antes de completar o ensino fundamental.

Segundo trabalho feito pela Secretaria Geral da Presidência da República com base na Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, dos 34 milhões jovens urbanos do país, 7,4 milhões tiveram de um a sete anos de estudo --período insuficiente para concluir o ciclo-- e 813,2 mil são analfabetos.

No topo da lista de exclusão estão cinco Estados do Nordeste. O líder é Alagoas, com 46% dos jovens em uma dessas duas situações. Na outra ponta do ranking está São Paulo, com 15% de exclusão.

"Há 20 anos, quando muitos desses jovens estavam em idade escolar, o sistema de ensino apresentava uma cobertura menor e uma exclusão maior", declara o professor Fernando Tavares Jr., da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. "Por outro lado [há 20 anos], a reprovação e a evasão eram bem maiores. Os dois fatores conjugados produziram uma exclusão educacional maior nessa geração", completa.

Um quadro geral sobre a péssima situação da educação nacional pôde ser visto em dezembro, com os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Entre 57 nações avaliadas, os alunos brasileiros obtiveram a 53ª posição em matemática, a 52ª em ciências e a 48ª em leitura.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Uma ótima ferramenta de trabalho para suas aulas de história: delicius

Os navegadores mais populares da rede como o explorer e o firefox trazem em seu menu um item para que anexemos e guardemos na memória de nosso computador os links favoritos de navegação.

O delicius é mais do que isso, ele permite aos internautas compartilhar seus links favoritos, organizando-os por tags temáticas. É socializador e comunitário e possibilita a você, professor/a uma ótima ferramenta de trabalho com outros docentes no mundo e também com seus alunos.

Veja aqui um exemplo de conta delicius

Como podem ver neste exemplo, o programa funciona como um Favoritos socializado (social bookmarking)

Como entrar na rede social do delicius

Para baixar o programa é muito simples, basta fazer seu registro aqui .

É aconselhável que você tenha o navegador Firefox, que você pode baixar aqui.

São muitas as vantagens de ter um navegador firefox, aquelas infindáveis pop up são bloqueadas, é um navegador mais leve e ágil e para o delicius ele agrega no menu de navegação o link direto de sua conta delicius e suas tags prediletas, assim todas as vezes que você estiver navegando e deparar-se com um site que deseja guardar para revisitar e compartilhar, você selecionar no link Tag que aparece no menu do firefox.
Se desejar ver um tutorial simples para usar e instalar e saber mais sobre o delicius, consulte aqui.

Como você pode otimizar suas aulas e projetos com o delicius?

Experimente propor aos seus alunos a pesquisa de um tema e o compartilhamento dos sites pesquisados por meio do delicius, você se surpreenderá com a descoberta que o grupo pode fazer a respeito e poderá ainda discutir com eles a qualidade dos sites pesquisados, as diferenças de conteúdo, abordagens etc.

Depois de instalarem e criarem a conta no delicius, por favor, voltem aqui e informem a conta para juntos compartilharmos links interessantes de história.

grande abraço

Conceição Oliveira

UMA PROVOCAÇÃO: Quantos livros você lê por ano professor/a?

Livros e Professores

O texto de hoje é de Gabriel Perissé, autor dos livros Elogio da leitura e Literatura & educação. Professor do programa de mestrado em Educação da Uninove (SP).

Um editor carioca me contava, recentemente, que muitos professores universitários dirigem-se à editora pedindo livros de graça, a título de cortesia. Alegam que são professores, portanto, multiplicadores, divulgadores em potencial, pois pretendem fazer “propaganda” entre os colegas e os alunos. Sim, nós professores merecemos ganhar livros, mas devemos ser sinceros. Na verdade, pouco podemos multiplicar.

O triste fato: os docentes têm dificuldade para comprar um livro de R$ 40,00. Mesmo os mais baratos podem nos parecer caros, quando, como diz um humorista, falta tanto mês no final do salário. E em nossas aulas podemos até elogiar e recomendar livros, mas os alunos (em particular os universitários), quando compram, levam os livros mais baratos, e tão-somente se não encontram exemplares disponíveis na biblioteca ou não conseguem xerocopiá-los clandestinamente.

Início do ano letivo... bem-aventurados aqueles cujos nomes aparecem como autores de livros didáticos, compra obrigatória para os pais cujos filhos freqüentam escolas particulares. Livros didáticos, bem sabemos, que nascem do trabalho de uma equipe editorial, é um investimento grande para ajudar os docentes do País a vencerem incertezas e hesitações. Uma pesquisa demonstra que muitos professores lêem apenas o próprio livro didático ao prepararem suas aulas. Não criam seus próprios exercícios e atividades. Não se arriscam.

Na Folha de S. Paulo (26/01/07), o imortal José Sarney fez a sua apologia ao livro, um tanto hiperbólica: “O aquecimento global pode levantar o nível dos mares e a água invadirá as cidades, mas salvaremos os livros, se não pudermos salvar os prédios das bibliotecas.” Menciona “um projeto, já sancionado, do Estatuto do Livro e outro para a criação de um fundo para a difusão da leitura e a proteção ao livro.” Trata-se da Lei n° 10.753, de 2003. Ela é cheia de boas intenções, como deve ser toda a lei que se preza.

Mas, como sempre, não é com decretos que se muda a realidade. Mais da metade dos professores brasileiros – ou seja, mais de 1 milhão e 500 mil professores – não têm o hábito da leitura (segundo o Instituto Paulo Montenegro). Nemo dat quod non habet, ninguém dá aquilo que não tem. Nossos alunos – cerca de 50 milhões de pessoas estão estudando hoje no Brasil – vêem boa parte de seus professores carentes da paixão pela leitura. Educadores que não lêem têm repertório limitado, vocabulário pobre, imaginação rotineira. Seus alunos, por osmose, não escapam dessas limitações. Estas atrofiam nossa existência.

Em algum lugar do futuro, secretários de educação e donos de escolas criarão o vale-livro para docentes. Cada professor poderá gastar R$ 40,00 por mês (ou mais, dependendo do seu esforço e do seu desempenho) em livrarias, feiras de livros, sebos. E se ele for diretamente a uma editora poderá conseguir descontos de 20%, ou mais. Bolsa-livro para o docente estudar, aprender, aprofundar-se, entusiasmar-se, montar a sua biblioteca pessoal.

Contudo, simplesmente esperar por esse incentivo é condenar-se à apatia. Professores sem leitura? Educação sem cura. Portanto, cada professor, cada professora, por terem o dever de transmitir a “dor da lucidez”, como diz o personagem/professor do excelente filme argentino Lugares comunes, são chamados, por uma questão de responsabilidade pessoal, a buscar alternativas inteligentes para si e para os alunos.

Se as editoras, que também enfrentam dificuldades para divulgar e vender seus livros, não podem doá-los, cabe-nos sermos criativos! Na sua escola, bairro ou cidade, os professores podem fundar bibliotecas populares, sistemas de empréstimo/rodízio de livros, enfim, pôr em prática soluções novas, com iniciativa corajosa!


E você professor/a, concorda com Perisse? Comente.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Encontro sobre patrimônio Cultural itajaí SC















XI Cidade Revelada - Encontro sobre Patrimônio Cultural / III Fórum Nacional de Conselhos de Patrimônio Cultural
Itajaí, 24 a 27 de junho de 2008

Apresentação

Trabalhar com a memória é percorrer a superfície porosa de nossa cultura presentificada nos patrimônios culturais. A literatura, a música, as lembranças que denotam experiências no passado, as expressões artísticas, as peças antigas que já foram vanguarda e as edificações constituem o amplo campo das manifestações do Patrimônio Cultural Brasileiro. Garantida pela Constituição da República Brasileira, é dever do poder público, organizado com as mais diferentes comunidades civis, proteger o Patrimônio Cultural Brasileiro, constituído de bens materiais e imateriais. Proteger o patrimônio é dar visibilidade aos locais de memória dos brasileiros.

No município de Itajaí/SC, a preocupação com o patrimônio resultou na Lei Municipal 2.037/1982. Mas foi na década de 1990 que o poder público criou condições efetivas para uma política de preservação do patrimônio cultural, criando, em 1997, o Departamento de Patrimônio Cultural (DPC) e o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural com a tarefa de assessorar, preservar e fiscalizar o patrimônio cultural. Um ano depois, estava instituído o evento “Cidade Revelada: Encontro sobre patrimônio histórico, arquitetura e turismo”. Desde a criação do DPC em Itajaí, 16 edificações foram tombadas e mais de 180 imóveis de interesse histórico mapeados.

Desde 2006 o evento ampliou seus olhares intitulando-se “Cidade Revelada: encontro sobre patrimônio cultural”. Em 2007, além desta mudança conceitual e de política de trabalho, o evento trouxe também o II Fórum Nacional de Conselhos Municipais de Patrimônio Cultural. O objetivo foi promover trocas de experiências com representantes de conselhos que trabalham com o patrimônio cultural.

Os dois eventos, organizados pela Fundação Genésio Miranda Lins (FGML) e pela Fundação Cultural de Itajaí, são resultados, também, de ações de inclusão da memória popular. A FGML vem concentrando seus esforços em programas que compreendem o patrimônio imaterial, sobretudo, na produção e catalogação de um acervo de história oral.

O debate sobre patrimônio cultural assume relevância central na realização do evento Cidade Revelada. Ele chega a sua XI edição mantendo este objetivo, ou seja, congregando profissionais das mais diversas frentes deste amplo campo denominado patrimônio cultural. Um núcleo importante, a educação patrimonial, moveu o último encontro. A idéia de que uma herança comum deve ser partilhada, ensinada, enfim, transmitida, ganhou corpo em nossas reflexões. Com base nisto é que este ano trazemos como tema central a Restauração do Patrimônio Cultural Edificado.

1ª Circular - Chamada de Trabalhos

Tema central
Restauração do Patrimônio Cultural Edificado

Eixos Temáticos

  • Eixo Temático 1 - Diagnóstico e tratamento de Patologias em Edificações Históricas.
  • Eixo Temático 2 - História Oral e pesquisa Arqueológica como fonte histórica para processo de restauração.
  • Eixo Temático 3 - Experiências de capacitação e qualificação de mão-de-obra para obras de restauração.

Estrutura do encontro

1. Mesas Redondas
2. Comunicações Orais
3. Mini-cursos
4. Palestra

1. Mesas Redondas

1.1 As Mesas Redondas serão formadas por três ou quatro participantes (incluindo o proponente).

1.2 A duração dos trabalhos de cada mesa redonda terá no máximo 120 minutos, incluindo a apresentação dos participantes e, em seguida, o debate.

1.3 Do envio de Propostas:

1.3.1 A proposição da Mesa Redonda deve ter Título da Mesa Redonda, tema específica do trabalho, resumo da temática, informações do proponente e demais participantes (com suas filiações institucionais, titulações acadêmicas, além de e-mail, telefone, fax e endereço para correspondência).

1.3.2 O proponente da Mesa Redonda deverá enviar - com a proposta da mesa-, o título, resumo e palavras-chave do trabalho que irá apresentar, seguindo as Normas Gerais para o envio de trabalho*.

1.3.3 As propostas deverão ser encaminhadas à Coordenação do IX Cidade Revelada: Encontro sobre Patrimônio Cultural, através do e-mail cidaderevelada@itajai.sc.gov.br, até a data máxima de 29 de fevereiro de 2008.

1.4 Da aprovação da Mesa Redonda:

1.4.1 As propostas serão julgadas por uma Comissão Científica.

1.4.2 O resultado dos trabalhos aprovados será divulgado no dia 14 de março do ano corrente.

1.4.3 Os pesquisadores integrantes da mesa temática acolhida pela Comissão Científica do evento terão até o dia 05 de maio para enviar os trabalhos completos, conforme Normas Gerais para o envio de trabalho*. Após este prazo, nenhum outro trabalho será incluído nos Anais e o mesmo não poderá ser apresentado no evento.

1.5 Das responsabilidades do Proponente:

1.5.1 É responsabilidade do proponente a coordenação e o bom andamento dos trabalhos, cumprindo o programa e o horário estabelecido previamente pela coordenação geral do evento.

2. Comunicações orais

2.1 Envio de Resumos e apresentação do comunicador:

2.2.1 Os resumos deverão seguir as Normas Gerais para o envio de trabalho* e deverão ser enviados através do e-mail cidaderevelada@itajai.sc.gov.br até a data máxima de 29 de fevereiro de 2008.

2.2.2 Além do resumo, deverá ser enviada uma folha de rosto que deverá conter, na parte superior da folha - IX Cidade Revelada: Encontro sobre Patrimônio Cultural; na seqüência, Proposta de Comunicação Oral. A seguir, título da comunicação, eixo temático do trabalho e autor(es) (com sua filiação institucional, titulações acadêmicas, e-mail, telefone, fax e endereço para correspondência). Os nomes dos autores devem aparecer, somente, na folha de rosto.

2.3 Das aprovação das Comunicações:

2.3.1 Os resumos serão julgados por uma Comissão Científica.

2.3.2 O resultado dos trabalhos aprovados será divulgado no dia 14 de março do ano corrente.

2.3.3 Os autores com trabalhos aprovados terão até o dia 05 de maio para enviar o texto completo, seguindo as Normas Gerais para o envio de trabalho*. Após este prazo, nenhum outro trabalho será incluído nos Anais do evento.

2.4 Da Apresentação das Comunicações Orais durante o evento:

2.4.1 As comunicações serão agrupadas por eixo temático.

2.4.2 A duração de cada apresentação terá no máximo 20 minutos.

2.4.2 A publicação dos trabalhos completos e os certificados serão entregues somente para os autores que enviarem o trabalho completo até a data estabelecida e apresentarem o trabalho durante o evento, no dia e horário estabelecidos previamente pela coordenação geral do evento.

Normas gerais para envio de trabalhos

Resumo
Em editor Word for Windows - página A4. Margens: superior 3,0 - inferior 2,0 - esquerda 3,0 - direita 2,0. Fonte Arial - tamanho 11 - espaço simples para entre linhas - máximo de 300 palavras.

O resumo deve ser acompanhado de 3 a 5 palavras-chave.

Trabalho completo
O trabalho completo deve ter um máximo de 20 páginas, em editor Word for Windows. Tamanho A4. Margens: superior 3,0 - inferior 2,0 - esquerda 3,0 - direita 2,0. Título principal em Arial 14 - subtítulos em Arial 12 - fonte do texto em Arial - corpo do texto 11 - justificado - entre linhas 1.5 - sem tabulação.

As citações com mais de 3 linhas devem ser digitadas em corpo 10, com espaçamento simples entre as linhas e recuo esquerdo de 1 cm em todo o texto. As citações de até três linhas devem integrar o corpo do texto e ser assinaladas entre aspas. As notas das citações deverão vir em rodapé, com fonte Arial, corpo 8 e espaçamento entre linhas simples.

As imagens em formato JPG, com o mínimo 200 dpi, no final do texto, acompanhando as referências. Não devem exceder 5 imagens.

As referências, no fim do trabalho, devem seguir as normas da ABNT para trabalhos científicos.

Fonte: Vitruvius

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Colégio Rio Branco; Rede La Salle/Dores e Colégio Santo Ivo adotam História em Projetos!









É com muita satisfação que vemos instituições escolares de referência adotarem a nossa coleção:

Colégio Rio Branco São Paulo/SP Unidades Higienópolis e Granja Viana;

Colégio Santo Ivo
, city Lapa São Paulo/ SP;

Rede La Salle/ Dores, Porto Alegre, RS.





Reafirmamos aqui nosso compromisso em manter assessoria permanente com os educadores destas instituições para que as potencialidades da nossa coleção e do trabalho dos professores de História se concretizem no aprendizado dos alunos.

Grande abraço

Conceição Oliveira

Revista de História da Biblioteca Naciona indica o nosso blog!


Começo o ano com uma boa notícia!

A conceituada Revista de História da Biblioteca Nacional indica o blog da História em Projetos, na seção Links/ sites de História.

Para conferir o nosso e outras boas indicações de links ligados à História, clique aqui