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terça-feira, 27 de novembro de 2007

200 anos da chegada da Corte Portuguesa em nosso território

Queridos professores,



Na coleção História em Projetos, no volume de 7a série/8a ano- Unidade 2, Capítulo 10 "Brasil Independente para quem", na Parada 1- , p. 126, você encontrará material diversificado para problematizar a chegada da Corte portuguesa em nosso território, abordando com seus alunos o contexto e as motivações sobre a decisão do príncipe regente.

Atente para um pequeno trecho do (doc 10) , p. 126.


"A idéia de transferir a sede do governo português para a sua principal colônia era muito antiga. Desde os primeiros tempos da colonização, volta e meia, aparecia a proposta de mudança da capital do reino [...] Havia duas fortes razões que explicavam o freqüente reaparecimento da idéia. (...)



Na segunda feira 26/11/2007, o Jornal Nacional deu início a uma série de reportagens para lembrar a chegada da Corte Portuguesa em nosso território, uma pequena prévia do que ocorrerá em 2008 quando o evento fará duzentos anos.
Assista o primeiro episódio da série.


Dois comentários curtos e muito pertinentes sobre a vinda da família real emitidos pelos pesquisadores entrevistados nos chamaram a atenção:



1) A idéia de que mudança da corte para o território da América Portuguesa não era nova;
2) A fala de um historiador português que questiona o estereótipo de um príncipe regente 'bobalhão e marionete', quando afirma em sua entrevista que a decisão de D. João VI teria de tomar não era uma questão local, mas planetária.


O programa faz bom uso de imagens e recursos gráficos (mapas animados representando a batalha naval entre o império britânico e as frotas de França e Espanha na batalha de Trafalgar) demonstrando-nos que, mesmo sem as chacotas desnecessárias a la Bueno, a história pode ser interessante e didática.

Acesse os demais episódios da série e outros correlacionados à temática.


Bom Dia Brasil: dia 16 de novembro de 2007

Exposição no Rio traz registros lusitanos

Uma parte da cultura lusitana que o brasileiro desconhece está representada em uma exposição com mais de 140 objetos, no Centro Culturas Banco do Brasil (RJ)

2m46s

RJTV 1ª Edição: dia 17 de novembro de 2007

Histórias do Rio: Centro da cidade há 200 anos atrás

Em novembro de 1807, Dom João partiu de Portugal em direção ao Brasil. Conheça a Ladeira da Misericórdia, o primeiro ponto de ocupação da Família Real na cidade

4m41s


A Corte no Brasil: programa do dia 17 de novembro de 2007

A fuga dos reis

Neste programa, entenda como foi o dilema de Dom João entre as duas potências da época: a França e a Inglaterra. E veja também o embarque caótico de toda a corte portuguesa para o Brasil.

22m14s

Jornal Nacional: dia 24 de novembro de 2007

Vinda da Família Real portuguesa completa 200 anos

A transferência de toda a corte européia para uma colônia no continente americano foi um fato inédito. A partir da próxima segunda-feira, conheça e acompanhe esta viagem no Jornal Nacional

1m57s

Bom Dia Brasil: dia 26 de novembro de 2007

Bom Dia Brasil reconta a saga da Família Real no Brasil

Há 200 anos, a Europa estava em guerra. Napoleão Bonaparte derrubava monarquias e Dom João veio para o Brasil. A corte mudou a rotina e a culinária da colônia

3m6s

Bom Dia Rio
Napoleão Bonaparte foi tirano ou revolucionário?

Para abrir a série sobre os 200 anos da vinda da Família Real para o Brasl, o Bom Dia Rio conta a história de Napoleão Bonaparte. Segundo historiadores, ele era um líder carismático
3m31s

Jornal das Dez: dia 26 de novembro de 2007

Embarque da família real portuguesa para Brasil faz 200 anos

Em 27 de novembro de 1807, a família real portuguesa deixava o país às pressas para escapar dos franceses. Para Dom João, a única saída era ir para sua mais importante colônia, o Brasil

4m57s

Bom Dia Rio: dia 27 de novembro de 2007

Os ingleses que transformaram a história do Brasil

A Lorde Stragford coube a missão de negociar com o Príncipe Regente o bloqueio às forças Napoleônicas. Almirante Sidney Smith foi designado para protejer a corte portuguesa na viagem

3m59s

Jornal Nacional: dia 27 de novembro de 2007

A Corte no Brasil - 200 anos: A Saída

Perto de embarcar para o Brasil, D. João, príncipe regente português, fingiu declarar guerra à Inglaterra, sua aliada, para enganar a França de Napoleão. Ingleses escoltaram corte portuguesa na viagem

5m18s

Jornal Nacional: dia 28 de novembro de 2007

A Corte no Brasil - 200 Anos: A Travessia

registro de que 56 embarcações fizeram a travessia de Portugal até o Brasil, 200 anos atrás, trazendo a corte portuguesa. Muitas pessoas sofreram com as precárias condições da viagem

4m27s

Bom Dia Brasil: dia 28 de novembro de 2007

A viagem da Família Real portuguesa rumo ao Brasil

Há 200 anos, a Família Real começava a viagem em direção ao Brasil. Na aventura, Dom João e a corte portuguesa passaram três meses a bordo. O Brasil, cobiçado pelos franceses, era a jóia da Coroa

4m42s

RJTV 1ª Edição : dia 29 de novembro de 2007

Conheça o Rio do início do século XIX

exatos 200 anos, a Família Real portuguesa embarcava para o Brasil. Antes da chegada de Dom João, a capital colonial era muito diferente do Rio atual

4m35s

RJTV 2ª Edição: dia 29 de novembro de 2007

1808 - 200 Anos da Corte no Brasil

Segundo historiadores, 15 mil pessoas deixaram Portugal, 200 anos atrás, em direção ao Rio de Janeiro. Todo um sistema de governo que administrava o império português se mudou para a cidade

2m30s

Jornal da Globo
A Familia Real Portuguesa no Brasil

Em 1807, a Família Real embarcava de Portugal para o Brasil. Mais de quinze mil pessoas fugiam em cinqüenta navios. Na época, o Brasil era potência econômica de Portugal

6m8s

RJTV 2ª Edição: dia 30 de novembro de 2007

1808 - 200 Anos da Corte no Brasil

O Rio era uma cidade onde tudo estava por fazer, mas estratégias comerciais fizeram D. João escolhê-la para se mudar com toda a corte. A presença portuguesa é visível em diferentes pontos do Rio, hoje.

2m57s

RJTV 1ª Edição: dia 04 de dezembro de 2007

Enredo e samba: realeza na passarela da São Clemente

A São Clemente foi campeã do Grupo de Acesso no ano passado e vai abrir o desfile de 2008. A Escola vai homenagear os 200 anos da vinda da corte portuguesa para o Brasil

6m36s

Não deixe de consulta em nossa Biblioteca Virtual o diretório volume de 7a série/8a ano, pasta: Capítulo 10

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A professora Fátima Veiga também dá-nos uma contribuição importante para trabalhar a temática

A “GUIANA PORTUGUESA” – UM OLHAR SOBRE A POLÍTICA DIPLOMÁTICA DE D.JOÃO ENTRE 1808 A 1817.


APRESENTAÇÃO DO TEMA:
Durante o período de estágio no Arquivo Histórico do Exército, foi encontrado um vasto material da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra – no período de 1808 a 1822 – e onde um códice (contendo minutas de documentos) dirigido da Corte à capitania do Grão-Pará apresentava uma série inteira de fontes relativas à atenção do governo de Bragança à questão da Guiana Francesa.

Para D. João, além de revidar a ocupação napoleônica em Portugal, invadir e controlar aquela região seria também uma forma “reforçar” a sua autoridade – dando-lhe mais peso nas negociações internacionais. Por outro lado, havia interesses econômicos em jogo: a bem-organizada agricultura da Guiana, com uma rica variedade de gêneros do Oriente ali aclimatados, além da presença de mão-de-obra qualificada – que o Príncipe do Brasil desejava trazer para o incremento de seu novo reino.
Além desses interesses, havia os familiares, pois em nenhum momento o príncipe demonstrou apossar-se definitivamente das propriedades particulares da casa real francesa (de quem era aparentado).Por ser um fragmento pouco conhecido da história deste período e pelo entusiasmo de tê-lo “descoberto” a partir da leitura de fontes primárias, interessa-me aprofundar os questionamentos sobre este príncipe (e depois rei) que muitas vezes é apresentado como um homem indolente, de inteligência rasteira e que só se preocupava com as ninharias do reino.
A leitura dos documentos mostra um D. João cioso da necessidade de fazer progredir a agricultura brasileira e, pasmem, de trazer para cá a “gente industriosa” [1] que habitava a possessão francesa; inclusive mandando divulgar aos protestantes que “aqui não se faz perseguição religiosa e nem funciona mais o Tribunal da Inquisição”.
Assim, a análise deste período pode tanto nos apresentar o D. João diante da política brasileira (um monarca nas Américas) quanto o D. João diante das relações exteriores com o Velho Mundo, cobrindo o período com uma visão, que há muitos anos a historiografia não se encarrega.

Esse é um dos aspectos que podem ser discutidos sobre os 200 anos da Transmigração da Corte para o Brasil.

[1] Expressão encontrada nos documentos, que indicava tanto a capacidade intelectual quanto à disposição para o trabalho técnico.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Levando em conta que, a partir desse fato, a nossa história sofre modificações profundas, uma série de atividades podem ser programadas não só para “comemorar”, mas para lançar olhares sobre o passado.

Sugere-se um trabalho conjunto da História com outras disciplinas, num projeto de médio prazo, um trimestre no mínimo. A finalidade é perceber as modificações que a colônia sofreu no seu caminho para se tornar nação.


A vinda da Corte para o Brasil pode ser abordada de várias formas por diferentes disciplinas, e cada uma pode utilizar o fato para apresentar conceitos relativos à sua área de saber específica. A culminância desse projeto pode apresentar várias expressões – artísticas ou técnicas – dos assuntos abordados por cada disciplina; como: encenações, cartazes, seminários, atividades utilizando informática, produção textual, etc.


- Música e Artes Cênicas: o que se ouvia nos salões e nas ruas, idumentária e gestual de época, ditos populares como “Maria vai com as outras”, religiosidade católica e africana;

- Artes Visuais: idumentária, estilos de pintura e decoração, a Missão Artística Francesa;

- Educação Física: danças e comportamento, o contraste entre o trabalhador braçal (esforço físico intenso) e o senhor (sedentário);

- Língua Portuguesa: a literatura da época, os saraus de poesias e canções, os relatos das mudanças após à chegada da Corte, como algumas palavras mudaram de significado nesses dois séculos, os sotaques (há quem diga que o “chiado” do carioca foi influência do modo de falar dos nobres recém-chegados);

- Geografia: a economia agrário-exportadora de base escravista, o desenvolvimento urbano de algumas regiões e as conseqüentes modificações na paisagem natural, a importância do mar para o Brasil de então;

- Ciências: as visitas dos naturalistas europeus e suas descobertas sobre a biodiversidade brasileira, a natureza, o início da arqueologia (expedição de Lund), doenças corriqueiras da época;

- Matemática: datações, algarismos romanos, dados estatísticos, a geometria aplicada à arquitetura neoclássica, medidas, valores e volumes utilizados na época.
Professora Fátima Aparecida Costa Veiga
Secretaria Municpal de Educação - Rio de Janeiro
Escola Municipal Roberto Burle Marx - Curicica
Escola Municipal Deborah Mendes de Moraes - Pedra de Guaratiba

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