Professores, não percam este excelente lançamento para aprimorar seus conhecimentos em relação à História da África e história e cultura afro-brasileira.
Revista Sankofa de História da África e de Estudos da Diáspora Africana foi lançada pelo NEACP - Núcleo de Estudos de África, Colonialidade e Cultura Política - que é formado por pesquisadores, mestrandos e doutorandos do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. O NEACP iniciou suas atividades em 2006 a partir da experiência de estudos em grupo sob orientação do Prof. Dr. Wilson do Nascimento Barbosa. Tal experiência foi ampliada com a participação de pesquisadores de outras áreas das Ciências Humanas.
A revista objetiva ser um elemento pedagógico na formação de pesquisadores, professores e alunos, e, contribuir com a divulgação de pesquisas acadêmicas sobre a temática.
Revista Sankofa de História da África e de Estudos da Diáspora Africana foi lançada pelo NEACP - Núcleo de Estudos de África, Colonialidade e Cultura Política - que é formado por pesquisadores, mestrandos e doutorandos do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. O NEACP iniciou suas atividades em 2006 a partir da experiência de estudos em grupo sob orientação do Prof. Dr. Wilson do Nascimento Barbosa. Tal experiência foi ampliada com a participação de pesquisadores de outras áreas das Ciências Humanas.
A revista objetiva ser um elemento pedagógico na formação de pesquisadores, professores e alunos, e, contribuir com a divulgação de pesquisas acadêmicas sobre a temática.
O conceito de Sankofa (Sanko = voltar; fa = buscar, trazer) origina-se de um provérbio tradicional entre os povos de língua Akan da África Ocidental, em Gana, Togo e Costa do Marfim. Em Akan “se wo were fi na wosan kofa a yenki” que pode ser traduzido por “não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu”. Como um símbolo Adinkra, Sankofa pode ser representado como um pássaro mítico que voa para frente, tendo a cabeça voltada para trás e carregando no seu bico um ovo, o futuro. Também se apresenta como um desenho similar ao coração ocidental. Os Ashantes de Gana usam os símbolos Adinkra para representar provérbios ou idéias filosóficas. Sankofa ensinaria a possibilidade de voltar atrás, às nossas raízes, para poder realizar nosso potencial para avançar.[1]
Sankofa é, assim, uma realização do eu, individual e coletivo. O que quer que seja que tenha sido perdido, esquecido, renunciado ou privado, pode ser reclamado, reavivado, preservado ou perpetuado. Ele representa os conceitos de auto-identidade e redefinição. Simboliza uma compreensão do destino individual e da identidade coletiva do grupo cultural. É parte do conhecimento dos povos africanos, expressando a busca de sabedoria em aprender com o passado para entender o presente e moldar o futuro.
Deste saber africano, Sankofa molda uma visão projetiva aos povos milenares e aqueles desterritorializados pela modernidade colonial do “Ocidente”. Admite a necessidade de recuperar o que foi esquecido ou renegado. Traz aqui, ao primeiro plano, a importância do estudo da história e culturas africanas e afro-americanas, como lições alternativas de conhecimento e vivências para a contemporaneidade. Desvela, assim, desde a experiência africana e diaspórica, uma abertura para a heterogeneidade real do saber humano, para que nos possamos observar o mundo de formas diferentes. Em suma, perceber os nossos problemas de outros modos e com outros saberes. Em tempos de homogeneização, está é a maior riqueza que um povo pode possuir.
[1] Sobre a simbologia e imagens há informações disponíveis em http://www.africawithin.com/studies/sankofa.htm. Data de acesso: 01/02/2008. Ou http://www.tulsalibrary.org/aarc/sankofa.htm. Data de acesso: 05/02/2008.
A revista Sankofa está disponível em formato pdf (Adobe Reader), podendo ser acessada em arquivo completo ou separadamente.
ARTIGOS
Da `Nbandla à Umbanda: Transformações na Cultura Afro-Brasileira.
Wilson do Nascimento Barbosa
Júlio César Medeiros da S. Pereira
Eurocentrismo, História e História da África
Muryatan Santana Barbosa
A linguagem do 'amor colonial': o discurso do poder pastoral na justificação da escravidão. Carlos Henrique R. de Siqueira
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