Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
A pesquisa Pobreza e Riqueza no Brasil Metropolitano indica que a recuperação da economia brasileira está sendo acompanhada pela melhora na renda das famílias, em todas as faixas, o que resulta em queda no número de pobres e na elevação do número de ricos.
De acordo com o Ipea, além do crescimento econômico, contribuíram para a redução da pobreza os ganhos do salário mínimo e as transferências do governo. “Já os ricos, além do crescimento econômico, se beneficiaram dos ganhos de produtividade, que pouco são repassados para os salários”, avaliam os realizadores do levantamento.
A pesquisa, que será divulgada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, abrange o período de 1992 a 2008 e conceitua como pobre o indivíduo que tem renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 207,50). Rico, segundo a pesquisa, é aquele indivíduo pertencente a famílias cuja renda mensal é igual ou superior a 40 salários mínimos (R$ 16.600).
Convergência de fatores explicam os enormes avanços
FGV aponta que classe média representa 52% da população
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A classe média brasileira chegou a 51,89% do total da população do país em abril de 2008. A parcela que integra a classe C, com rendimento familiar entre R$ 1.064 e R$ 4.591, em média, superou o pico medido em 2004, quando representava 42,49% dos brasileiros.
Os dados foram divulgados hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que atribuiu o avanço da classe média, nas seis regiões metropolitanas estudadas, ao aumento do emprego com carteira assinada e ao bom desempenho da economia brasileira frente a crises externas.
"O Brasil fez o dever de casa nos últimos 20 anos e está colhendo esses frutos", disse o economista responsável pela pesquisa, Marcelo Néri. Segundo ele, a ascensão de parte da população também se explica pela geração de renda. “Ou seja, cada um está ganhando seu próprio dinheiro e dependendo menos de transferências sociais”.
Segundo a pesquisa da FGV, nos últimos seis anos, houve queda na população que ocupa a classe E, ganhando até R$ 768. Essa parcela era de 42,82% em 2002. Atualmente, é de 32,59%. Também houve redução nas classes A e B - com rendimentos maiores que R$ 4.590 - que hoje são 15,52% contra 19,99%, em 2002. A classe D, que recebe entre R$ 768 e R$ 1064, ficou estável no período.
Com base nas pesquisas mensais de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados do próprio Ministério do Trabalho, o estudo da FGV verificou ainda diminuição das desigualdades sociais e da miséria, que caiu 30% nos últimos seis anos.
Em abril deste ano, foram computados como miseráveis no Brasil 25,16% da população. Essa é a menor taxa desde 2002, mas representa 36 milhões de brasileiros que estão na classe E, segundo a pesquisa, e ganham no máximo R$ 768 por família por mês.
Ainda de acordo com a FGV, entre as seis regiões pesquisadas, registraram as maiores queda na miséria as capitais Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, seguidas por Porto Alegre, Recife e São Paulo.
Três milhões de pessoas deixaram a pobreza nos últimos seis anos |
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