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domingo, 1 de março de 2009

Vera Sílvia Magalhães: TV Câmara - Memória Política

Na manhã do dia 4 de Setembro de 1969 dava-se início ao sequestro do então embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick, planejado cuidadosamente alguns meses antes, por membros da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), ALN (Aliança Libertadora Nacional), DI/GB (Dissidência do PCB / Guanabara) e seu braço armado a FTA (Frente de Trabalho Armado) DI/GB.

Vera Sílvia Araújo de Magalhães, membro da FTA DI/GB, conhecida como “Marta”, “Andréia”, e outros), única mulher a participar do sequestro, faleceu dia 04/12/2007 de câncer, aos 58 anos. No filme “O que é isso companheiro?” duas mulheres encenam partes de sua participação no episódio, Fernanda Torres (“Maria”) e Cláudia Abreu (“Renée”).

Na foto, Vera Sílvia sentada na cadeira devido às torturas - quando presa, após o sequestro do embaixador americano -, que haviam lhe prejudicado a locomoção. Ao seu lado, agachados, da direita para a esquerda: Fernando Gabeira e Carlos Minc. Vera, certa vez, em depoimento emocionado sobre o porquê de continuarem a luta na época, disse: “
Eram meus amigos, era minha vida – e minha morte. Essa contradição eu tinha de viver. Fora dali eu era o quê? Não tinha identidade.”

OBS: No vídeo a informação de que Franklin Martins é comentarista da TV Globo está desatualizada. Hoje, Franklin é ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. (Fonte:"A Loira 90": uma homenagem)

Fonte do vídeo e do texto a seguir: TV Câmera



Ela poderia ter desfilado a beleza de seus vinte anos pelas calçadas de Ipanema, no Rio de Janeiro onde nasceu. Poderia ter sido uma garota que amava os Beatles e os Rolling Stones, no embalo da liberação de costumes que varreu o mundo na década de 60. Ou poderia ter concluído o curso de Economia e levado uma vida burguesa, beneficiada pelo “milagre brasileiro” que fez o País crescer dez por cento ao ano no período mais repressivo dos governos militares. Mas Vera Sílvia Magalhães amava a revolução e, como tantos jovens de sua época, não admitia viver sob a ditadura implantada pelo golpe de 64.

Nenhum deles, porém, foi tão longe: ela pegou em armas, assaltou bancos, trocou tiros com forças de segurança e sequestrou o embaixador do país mais poderoso do mundo. Viu o companheiro tombar a seu lado, quando tentavam escapar de um cerco policial. E a peruca que usava para se disfarçar nos assaltos a transformou em personagem de primeira página nos jornais populares: era a loura noventa, que empunhava dois revólveres calibre 45. Acabou baleada, presa, torturada e banida do país que queria libertar. E virou personagem de um filme que concorreu ao Oscar.

Trinta anos depois, vividos entre o exílio e a volta, Vera Sílvia Magalhães ainda procura seu lugar no mundo. Carrega no corpo e na alma as marcas da violência. E se pergunta o que fazer agora de tanta ousadia e tanta generosidade, de tanta coragem e tanta ternura.

Um comentário:

Michael Carvalho Silva disse...

Mulheres jovens e adultas de beleza física escultural e exuberante das décadas de sessenta e setenta do século vinte como a própria e finada Vera Sílvia Magalhães e a loura e belíssima atriz de cinema e modelo de moda espanhola de cabelos longos e corpo esbelto Teresa Gimpera por exemplo engordaram muito depois de idosas e cortaram seus outrora longos e belos cabelos além de terem perdido completamente a beleza esbelta e admirável da juventude devido à ausência de vaidade e sobretudo de cuidados estéticos devidos e frequentes. E por falar na beleza de Vera Sílvia, a própria Vera era muito parecida fisicamente em sua própria juventude com a morena e fascinante atriz e ex-miss canadense de longos cabelos negros e lindos escuros Starr Andreeff que consagrou-se como a principal rainha do grito em Hollywood e no cinema mundial no final da década de oitenta do século vinte após ela ter protagonizado os dois clássicos filmes de terror Ira de Mutantes e A Dança da Morte que deu origem a Dormindo Com o Vampiro no ano de 1992 tendo ambos sido realizados no ano de 1989 além da própria Starr também ser muito parecida fisicamente com a lendária e finada soprano grega Maria Callas e dela sobretudo ter vencido inúmeros concursos de beleza em sua própria mocidade muito antes de ter se tornado uma atriz profissional mundialmente famosa no final dos anos oitenta do século passado.