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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Ainda em relação à 10639/03: vamos conhecer dois Gaudis negros brasileiros? parte I

Principais links relacionados a este post:

Estevão da Conceição

Museu Afro Brasil

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Educação para igualdade étnico-racial

Fontes para implementação da 10639/03

Miss minas terrestres

IDH de negros não aumenta no país






Você já ouviu falar da Casa-da- flor? Não?
Então não sabe o que está perdendo.










(fachada externa da Casa-da-Flor)




Conheça uma breve história de seu criador e sua belíssima obra:


A casa foi construída por Gabriel Joaquim dos Santos a partir de 1912, em São Pedro da Aldeia, RJ.
Gabriel Joaquim dos Santos era um homem pobre, negro, trabalhador das salinas da região, e que nunca freqüentou uma escola. De 1923 a 1985, quando faleceu esse arquiteto criativo e espontâneo foi embelezando seu lar com materiais recolhidos no lixo doméstico e no refugo das obras civis do local, guiado por sonhos e uma fértil imaginação.

Com o objetivo de preservar e divulgar a casa e o trabalho de Seu Gabriel, um grupo de admiradores criou, em 1987, a Sociedade de Amigos da Casa da Flor, hoje Instituto Cultural Casa da Flor, uma entidade civil sem fins lucrativos.


A forma poética do discurso de Gabriel Joaquim dos Santos


  • Eu tenho um pensamento vivo.
  • Sonho pra fazer e faço.







  • Seu Gabriel no jardim de sua Casa-da-flor


  • A casa depende do espírito, é uma casa espiritual.














  • lamparinas, detalhe interno da Casa-da-flor

  • Aquelas flores é feita com caco, de telhas, é um coisa mais forte, caco de pedaço de pedra, porque quero fazer que fique aí, não se desmanche. A chuva bate, lava, é sempre, é uma sempre-viva aquilo.
  • Às vezes saio para ver essas coisinhas que eu mesmo faço e eu mesmo fico satisfeito, me conforta.

  • Esta casa não é uma casa, isto é uma história, é uma história porque foi feita por pensamento e sonho.

  • Deus me deu essa inteligência. Vêm aquelas coisas na memória e eu vou fazer tudo perfeitinho como eu sonhei.
  • Trabalhei sozinho, todo esse movimento que está aqui não tem ajuda, eu que fiz tudo com as minhas mãos.
  • Eu quero os cacos porque dos cacos eu vou fazer as coisas para as pessoas se admirar, pra quê quero comprar uma jarra nova? Jarra comprada eu não preciso. Isso não tem graça.

  • O Brasil é uma nação muito grande, precisa paz, precisa civilização, precisa educação. Precisa muito cuidado com o Brasil.
  • Eu indo em Cabo Frio, entro na casa daquelas grã-finas, eu trago tudo na mente que eu vi naquela casa, aí é que está, não tiro retrato não, se eu tiver o material, chego em casa e vou fazer perfeito.


  • Ainda está claro do dia, eu já estou procurando a cama, mas não pra dormir, prá pensar। Me deito na cama, pego a imaginar até meia-noite, pensando. O meu sentimento vai muito longe.

  • Vem uma pessoa com um azulejo, eu boto. Vem uma pessoa com um caramujo, eu boto. Vem uma pessoa com um prato quebrado, quebra uma jarra, eu faço aquela ramagenzinha, uma rosa, boto prá enfeitar.

  • (extraídos de Casa da Flor, visite o site e conheça os apontamentos poéticos de seu Gabriel)

  • No site oficial vc pode adquirir esses belíssimos cartões postais



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