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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tv Cultura transmitirá ao vivo o Prêmio jabuti 2008


Em projeto inédito, TV Cultura transmite Prêmio Jabuti 2008 ao vivo pela intenet

Além da transmissão ao vivo, hotsite vai oferecer sala de bate-papo para os internautas e galeria de fotos e vídeos das edições anteriores do Jabuti.

Pela primeira vez em 50 anos, a cerimônia de premiação do Jabuti será transmitida ao vivo pela internet. Numa parceria com a CBL - Câmara Brasileira do Livro, a TV Cultura desenvolveu um hotsite especial para a transmissão do evento na íntegra, desde a abertura, às 19h30 do dia 31 de
outubro, até o encerramento da festa. O internauta poderá acompanhar a festa por meio de link www.tvcultura.com.br/premiojabuti.

Além da transmissão, com cenas dos bastidores e entrevistas com os vencedores e convidados especiais, o hotsite terá uma sala de bate-papo, onde os internautas poderão fazer perguntas a autores e personalidades presentes ao evento. A página eletrônica vai oferecer, ainda, uma galeria de vídeos das edições anteriores, pertencentes ao acervo da TV Cultura, mostrando entrevistas com escritores, editores e personagens famosos que fazem parte da história do prêmio.

Na galeria de fotos, compostas por imagens do acervo da CBL, será possível contemplar os melhores momentos do Jabuti nesses 50 anos, desde quando a cerimônia era realizada na antiga sede da entidade, na avenida Ipiranga, até os anos mais recentes, já na Sala São Paulo. São fotos dos vencedores como Ziraldo, Lygia Fagundes Telles e João Ubaldo Ribeiro e registros históricos
como o encontro de Tatiana Belinky com Caio Fernando Abreu.
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Nos seus 50 anos, Jabuti registra sua história em livro





Nas últimas cinco décadas, o Prêmio Jabuti promoveu o que há de melhor na produção editorial brasileira, premiando escritores, editores, tradutores, ilustradores e designers. Agora, no ano em que completa 50 anos, o Jabuti terá sua história registrada em livro, com a lista dos vencedores nestas cinco décadas, encabeçada por Jorge Amado, premiado em 1958, na categoria romance, por Gabriela Cravo e Canela. O lançamento tem data marcada: 31 de outubro, às 19h30, na Sala São Paulo, em festa na qual os vencedores do Jabuti 2008 receberão suas estatuetas.

“Prêmio Jabuti – 50 anos” é uma co-edição da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e registra, em mais de 200 páginas de textos e fotos, a história completa do Jabuti. Com coordenação editorial da Memória e Identidade, o livro contextualiza o ambiente político e cultural no qual o prêmio foi criado, revela as motivações do prêmio que se tornou o mais importante da literatura brasileira, conta os bastidores da escolha do nome, acompanha as mudanças de formato e as premiações e traz depoimentos de presidentes e diretores que comandaram a CBL, além de alguns vencedores do Prêmio nesses 50 anos, como Eva Furnari e Zuenir Ventura.

Respeitado por autores, editores e livreiro, o Jabuti é sempre associado à qualidade. Como comenta seu curador, José Luiz Goldfarb, “o Prêmio projeta nossa língua-mãe, o português, com arte, criatividade, inspiração e recolhe ano a ano o ‘biscoito fino’ de nossa produção editorial”.

A história do Jabuti começa em 1957, em um período repleto de desafios para o mercado editorial, com recursos escassos e baixa articulação do segmento livreiro. Apesar das adversidades, não faltava entusiasmo aos dirigentes da Câmara naquela época. As discussões foram comandadas pelo então presidente da entidade, Edgar Cavalheiro e pelo secretário Mário da Silva Brito – dois intelectuais e estudiosos da literatura brasileira – e outros membros da diretoria do biênio 1955-1957 interessados em premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.

Essas discussões em torno de uma “láurea” ou “galardão”, como se dizia na época, ganharam forma na diretoria seguinte, de 1957-1959, presidida por Diaulas Riedel, a quem coube a confirmação da escolha da figura do jabuti para nomear o prêmio e a realização de concurso para a confecção da estatueta, vencido pelo escultor Bernardo Cid de Souza Pinto.

A primeira premiação ocorreu também na gestão do presidente Diaulas Riedel. No final do ano de 1959, em solenidade simples e despretensiosa realizada no auditório da antiga sede da CBL na avenida Ipiranga, foi feita a entrega do primeiro Prêmio Jabuti. Foram laureados autores como Jorge Amado, na categoria Romance, pela obra “Gabriela, Cravo e Canela”. A Saraiva ganhou o prêmio de Editor do Ano.
O NOME
Mas por que um jabuti para nomear um prêmio do livro? A resposta, ainda que incerta, tem explicação no ambiente cultural e político da época, influenciado, sobretudo, pelo modernismo e nacionalismo, pela valorização da cultura popular brasileira, nas raízes indígenas e africanas, nas suas figuras míticas, símbolos seculares carregados de sabedoria e experiência de vida e legados de uma geração à outra. Sílvio Romero, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Luís da Câmara Cascudo, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram pioneiros na pesquisa, no estudo e na divulgação dessa rica cultura popular.

E foi Monteiro Lobato, provavelmente, o mais prolífico na recriação literária das histórias desses personagens meio enigmáticos, meio reveladores e sempre sedutores do folclore nacional. Um desses personagens da literatura infantil de Lobato é, como se sabe, o jabuti. O pequeno quelônio, já familiar no imaginário das culturas indígenas tupi, ganhou vida e personalidade nas fabulações do autor das “Reinações de Narizinho”, como uma tartaruga vagarosa, mas obstinada e esperta, cheia de truques para vencer obstáculos, para enganar concorrentes mais bem dotados e chegar na frente ao fim da jornada. Com essas credenciais, ganhou também a simpatia e a preferência dos dirigentes da CBL. Eles o elegeram para inspirar e patrocinar um prêmio para homenagear e promover o livro.
JABUTI REVISITADO

Ao longo dos seus 50 anos o Jabuti passou transformações. No início, a cerimônia de entrega do Prêmio era feita na antiga sede da entidade, na avenida Ipiranga, depois passou a ser realizada durante as Bienais do Livro. Mas o Jabuti ganhou vida própria, e os diretores da CBL sentiram a necessidade de criar um evento proporcional à credibilidade que o Prêmio ganhou junto ao mercado editorial e à própria sociedade. Em 2003, ocorreu a primeira grande cerimônia de entrega das estatuetas, realizada no Memorial da América Latina. Nos últimos dois anos, a maior festa do livro do Brasil ganhou um dos espaços mais nobres da capital paulista – a Sala São Paulo.

O Prêmio Jabuti foi se transformando aos poucos. No Regimento Interno do Prêmio, criado em 1959, constam apenas sete categorias de premiação: Literatura, Capa e Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano e Personalidade Literária. Atualmente, são contempladas todas as esferas envolvidas na criação e produção de um livro, em um total de 20 categorias, passando pela tradução, ilustração, capa e projeto gráfico, além das categorias tradicionais como Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil. Por sua abrangência, o Jabuti é considerado o maior e mais completo prêmio do livro no Brasil.

Outra iniciativa que trouxe ainda mais glamour ao Prêmio foi a criação das categorias Livro do Ano de Ficção, em 1991, e Livro do Ano de Não-Ficção, dois anos depois, em 1993. Esses prêmios são revelados somente na noite da entrega das estatuetas e são o ponto alto do evento, em um momento de grande expectativa por todos os agentes do mercado editorial.
FATOS CURIOSOS



O livro de 50 anos do Jabuti traz ainda curiosidades. Em 2004, por exemplo, ano que registrou o maior número de obras inscritas (2.374), o vencedor do Livro do Ano de Ficção foi “Budapeste”, de Chico Buarque. A obra, no entanto, ganhou Menção Honrosa (3o lugar) na categoria Romance. “Houve um silêncio na platéia”, conta José Luiz Goldfarb, curador do Prêmio Jabuti. No dia seguinte, a mídia impressa também abriu espaço nas suas páginas para questionar o episódio. Como um livro que ficou em terceiro na sua categoria poderia levar o prêmio de Melhor Livro do Ano? “O que ocorreu, na verdade, é que os vencedores das 20 categorias são escolhidos somente pelos jurados e os Livros do Ano recebem também os votos do mercado editorial, sendo que o grande vencedor não necessariamente é o 1o colocado de uma categoria”, explica.

Polêmicas à parte, o fato é que o Jabuti tornou-se, nas palavras de Rosely Boschini, presidente da CBL, um “patrimônio nacional”. “Com obstinação e argúcia, à maneira do seu inspirador, o Prêmio Jabuti avançou sem esmorecer, ganhou agilidade e encarou uma longa jornada. Avançou, ganhou densidade e respeito, conquistou o reconhecimento de todos os que, no Brasil, produzem informação, conhecimento e arte, de todos os que escrevem, publicam e lêem livros. Tornou-se, ele próprio, um personagem vivo da cultura brasileira contemporânea”, destaca Rosely Boschini. Na maior festa do livro no Brasil, ganhar ou não o Prêmio, já não faz diferença. O importante é participar.


FICHA TÉCNICA
Coordenação de Pesquisa e Texto - Memória e Identidade Consultoria Ltda.
Supervisão - Beth Totini
Pesquisa - Cintia S. N. Berlini
Texto - Francisco Maria Pires Teixeira
Coordenação Editorial - Cecília Scarlach
Assistência Editorial - Viviane Vilela
Projeto Gráfico e Diagramação - Negrito Produção Editorial
Tratamento de Imagens - José Carlos Gomes da Silva e Leonídio Gomes
CTP, Impressão e Acabamento - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Formato - 15,5 x 20 cm





Mais informações com Nora Ferreira / Marcelo de Andrade - Lu Fernandes Escritório de Comunicação - (11) 3814-4600

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