Pela primeira vez na TV, o filme “Juruna, O Espírito da Floresta”
Publicado em 10 de agosto de 2009
A TV Brasil exibe, em primeira mão, no próximo dia 21, sexta-feira, o documentário de longa metragem Juruna, o espírito da Floresta, do cineasta Armando Lacerda. Segundo o diretor e produtor, o filme pretende mostrar as diferenças que separam e estigmatizam os povos indígenas e resgatar a história do cacique Xavante, ex-deputado Mário Juruna, personagem excepcional na história política do Brasil.
Único indígena a ocupar cadeira no Parlamento do Brasil, Mário Juruna é apresentado no filme pelo filho primogênito – Diogo Amhó – que através de seus parentes resgata a memória do pai e a trama de sua história no complexo mundo dos povos indígenas. O enredo do filme mostra a resistência e a sobrevivência das comunidades indígenas diante do avanço da “civilização” e propicia uma reflexão sobre a conjuntura político-social brasileira, da metade do século 20 até o presente momento.
Para ilustrar com riqueza de detalhes a biografia de Mário Juruna, o diretor Armando Lacerda usa passagens inéditas da trajetória do líder Xavante até seu ingresso na vida pública.
Mário Juruna foi a voz dos povos indígenas ao denunciar o genocídio e o descaso das autoridades com a sua cultura. Para o povo Xavante, resgatar a imagem da sua mais expressiva liderança no meio da cidadania branca é contribuir para o preenchimento de uma lacuna na história política do Brasil.
Juruna, o Espírito das Florestas vai ao ar no dia 21, sexta-feira, às 22 horas, no Programa de Cinema da TV Brasil.
MÁRIO JURUNA nasceu em 1943, época em que os índios do Brasil Central eram atacados por jagunços armados e expulsos de suas terras. Destacou-se na afirmação dos direitos dos povos indígenas, e também na luta em prol da abertura política do Brasil. Sua história é densa e inspiradora. Morreu decorrente de problemas com sua saúde aos 59 anos.
ARMANDO LACERDA jornalista e cineasta pela Universidade de Brasília, dirigiu mais de uma quinzena de documentários, vários premiados. Atuante no meio profissional desde 1973, Lacerda optou pela linha política das causas sociais. Ele foi criado durante os primeiros 20 anos no ambiente colonial de Ouro Preto, Minas Gerais, sendo o restante vivido em meio a arquitetura modernista de Brasília. Armando Lacerda carrega na bagagem essas duas vertentes distribuídas nos seus demais trabalhos documentários, realizados em curta, média e longa metragens.
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