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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Israel barra entrada de Chomsky nos territórios palestinos


O Ministério do Interior de Israel quer aprovar entrada do professor norte-americano só para a Cisjordânia; grupos de direitos humanos dizem que a decisão é característica de regime totalitário. O professor Noam Chomsky, linguista e ativista de esquerda teve a entrada em Israel e na Cisjordânia negadas, neste domingo. Funcionários disseram a Chomsky que ele escrevia coisas de que o governo de Israel não gostava”. “Eu sugeri que eles encontrassem algum governo no mundo que gostasse das coisas que eu escrevo”, disse o linguista.

O professor Noam Chomsky, linguista e ativista de esquerda teve a entrada a Israel e a Cisjordânia negadas, neste domingo (16 de maio). Inicialmente nenhuma razão foi dada para explicar a decisão, mas o Ministério do Interior mais tarde disse que os oficiais da imigração na fronteira da Ponte Allenby sobre o Rio Jordão entenderam mal as intenções de Chomsky, achando que ele também visitaria Israel.

Chomsky, que está dando uma série de palestras na região, foi convidado para falar na Universidade Bir Zeit, na Cisjordânia, na Segunda-feira.

A porta-voz do Ministério do Interior Sabine Haddad disse que os oficiais estavam tentando obter esclarecimentos do Exército Israelense, que controla o acesso a Cisjordânia, para permitir a entrada de Chomsky no território palestino.

“Estamos tentando contatar os militares para esclarecer as coisas e se eles não tiverem objeções não vemos razão por que ele não seja autorizado a entrar”, disse Haddad

Chomsky disse que os inspetores carimbaram as palavras “entrada negada” em seu passaporte, enquanto ele tentava atravessar o Rio Jordão pela Ponte Allenby. Quando ele perguntou ao inspetor israelense por que não tinha obtido permissão, foi-lhe dito que uma explicação seria enviada por escrito a Embaixada dos EUA. “Eles aparentemente não gostaram do fato de que eu estava indo dar uma palestra numa universidade palestina e não em Israel”, disse Chomsky a Reuters, por telefone, de Aman, na Jordânia.

Chomsky chegou na Ponte Alleny 13:30h e foi levado para interrogatório até ser liberado de volta a Aman, por volta de 16: 30h . Numa entrevista por telefone ao Canal 10, ele disse que os interrogadores tinham lhe dito que ele escrevia coisas de que o governo de Israel não gostava”. “Eu sugeri que eles encontrassem algum governo no mundo que gostasse das coisas que eu escrevo”, disse o linguista.

Chomsky é professor no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e é considerado um dos maiores intelectuais do mundo. Ele se identifica com a esquerda radical e é crítico frequente tanto das políticas estadunidenses como da israelense. Ele disse que sua última visita a Israel e a Cisjordânia foi em 1997, quando deu uma palestra na Universidade Ben-Gurion e também na Bir Zeit e que todas as suas visitas anteriores a Cisjordânia tinham sido parte de viagens a Israel.

Seu anfitrião palestino, Mustapha Barghouti, chamou a decisão de “uma ação fascista, que visa à supressão da liberdade de expressão”.

A Associação pelos Direitos Civis em Israel acusou o Ministério do Interior de “usar a detenção e a deportação para impedir que um homem expresse sua opinião”, chamando a isso de “característico de um regime totalitário”

“Um país democrático em que a liberdade de expressão é um princípio fundamental não se fecha a críticas ou diante de idéias que não lhe são confortáveis e não nega entrada a visitantes só porque não aceita suas opiniões. Ao contrário, lida com essas opiniões através da discussão pública”, disse a ACRI, numa declaração.

Othiel Schneller, do Kadima, por outro lado, aprovou a medida. “É bom que Israel não permita que seus acusadores não entrem em seu território”, disse. “Eu recomendo a Chomsky que tente usar os túneis que conectam Gaza ao Egito”.

Tradução: Katarina Peixoto

Fonte: Carta Maior

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