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terça-feira, 4 de novembro de 2008

internet, democracia e eleições- Obama o candidato pós-rede

QUEM GANHOU? A INTERNET, DE GOLEADA

(Luiz Carlos Azenha em seu site)

Muitos de vocês, caros leitores, não acreditam quando eu escrevo alguma coisa sobre os Estados Unidos. Normal. Aceitável. Vocês precisam de confirmação externa para cair na real e dizer: pois é, o Viomundo acertou.

Escrevi um texto dizendo que uma vitória de Barack Obama representa a passagem do bastão de uma geração para a seguinte na política dos Estados Unidos. Você imagina o José Serra vendo um vídeo no You Tube? Imagina o Lula lendo os comentários em um blog? É lógico que se ambos não entendem nada de internet, nem de tecnologia, jamais vão tirar proveito real das novas mídias.

Enquanto isso, o mundo mudou. Você, que me lê, não perde a viagem. Se está aqui é por um motivo muito simples: é uma pessoa do seu tempo. Pois, para confirmar o que escrevi, lá vai a tradução de um texto publicado hoje pelo New York Times, na versão digital, já que não leio mais jornal de papel, não ouço rádio, nem assisto televisão:

"Penso que analisaremos esta eleição como uma disputa transformadora", disse Mark McKinnon, um assessor das campanhas do presidente Bush em 2000 e 2004. "O ano em que as campanhas usaram a internet como nunca se imaginou. O ano em que adotamos a velocidade da luz. O ano em que o paradigma foi virado de cabeça para baixo, que a política foi de baixo para cima em vez de cima para baixo".

De uma forma considerável, dizem republicanos e democratas, isso é resultado de como a campanha de Obama buscou entender e tirar proveito da internet (e outras formas da assim chamada nova mídia) para organizar militantes e atingir eleitores que não se informam primariamente através de jornais e da televisão. As plataformas incluem o You Tube, que não existia em 2004, e as mensagens de texto nos celulares que a campanha disparou na segunda-feira lembrando os eleitores de que deveriam comparecer para votar.

"Fizemos algumas coisas inovadoras, inclusive na internet", disse Sara Taylor, que foi diretora política da Casa Branca durante a campanha de reeleição de Bush. "Mas apenas 40% do país tinham internet banda larga então. Agora você tem gente que não tem mais telefone fixo em casa. E Obama fez um ótimo trabalho através da nova mídia".

"Não sei quanto a você, mas eu vejo um anúncio do Obama na internet todo dia. Fiz isso nos últimos seis meses".

Mais crucial ainda para demonstrar como a campanha deste ano transformou a política foi o uso que Obama fez da internet para construir uma grande rede de arrecadação financeira que permitiu a ele acumular dinheiro -- depois de rejeitar o financiamento público da campanha -- para expandir o mapa eleitoral e competir mesmo em estados republicanos tradicionais.

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